domingo, 1 de agosto de 2010

Vale a Pena Ver de Novo?

Com a ausência de bons roteiristas e dramaturgos no mercado audiovisual norte americano tornou-se comum o remake cada vez mais precoce de obras que alcançaram sucesso no cinema. Hollywood perdeu a vergonha e está adaptando filmes com menos de dez anos de produção. A comédia inglesa Morte no Funeral(2007) teve uma adaptação com atores americanos que será lançada em dvd no próximo mês. No Brasil, a TV Globo ocupa um espaço permanente em sua grade vespertina com a reprise de uma novela que vem sob o título "Vale a Pena Ver de Novo". Cabe peguntar: Vale realmente a pena? Bom, essa é uma pergunta retórica, visto a qualidade sofrível da teledramaturgia que é exibida.

Outro nicho parece estar em crise de criatividade e mostra que não é exclusividade da Globo, nem de Hollywood os "remakes" precoces e sem sentido. A alguns dias, a campanha da coligação PSDB-DEM desenterrou um péssimo filme de terror que já foi exibido nas campanhas anteriores sempre no horário nobre da TV brasileira. A mesma campanha (do medo) feita àquela época, continua a fazer a cabeça de setores do PSDB-DEM. A declaração contundente (para dizer o mínimo) do candidato a vice na chapa de José Serra a respeito do PT foi a chamada "estratégia de marketing" para o lançamento da candidatura, uma espécie de trailer:



Essa tática do medo desqualifica o debate político na tentativa de criar uma atmosfera de demonização do adversário, no caso, o PT e sua candidata. Em 2002, em um clássico (e patético) filme, a atriz Regina Duarte dizia, apavorada, ter medo de Lula. A produção, causou constrangimento e passou para a história como um exemplo do "terrir", gênero no qual utilizam-se os clichês dos filmes de terror com a consequência do riso. Nada de novo na Sucupira nacional.  Odorico Paraguaçu está em cartaz com uma nova versão de O Bem Amado nos cinemas. Tomara que o filme do PSDB/DEM ceda lugar a outro com um roteiro mais original.

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