terça-feira, 27 de julho de 2010

Cineclube Moviola - sexta 30/07

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Na próxima sexta teremos mais um Cineclube Moviola. Exibiremos os filmes "Nem as Mães são Felizes" de David França Mendes, "O Bloco Está na Rua" de Emílio Domingos e "E Tu,Quem És?" de Rodrigo Séllos. A grande novidade desse cineclube é que, diferente dos outros, começaremos as 20:00 em ponto!!! Portanto, não atrasem! Abraço a todos!

Oficina de Criação Literária

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Amigos, Segunda feira, dia 02/08, iniciaremos novo módulo da Oficina de Criação Literária TextoTerritório na Moviola. O tema da vez é "Construções e desconstruções do amor". Os interessados podem confirmar presença por e-mail e pessoalmente, na Livraria. Aproveitamos para informar duas alterações importantes: * Mudamos o dia da Oficina de terça para segunda. * Aumentamos 1 encontro para os exercícios de criação. O módulo terá então 5 encontros e irá até o dia 30/08. Grande abraço a todos!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O cinema da televisão

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Em O Bem Amado, Guel Arraes reafirma uma das tendências centrais da cinematografia brasileira atual Desde 1915, quando estreou O Nascimento de uma Nação?- clássico dirigido por D. W. Griffith?-, e o cinema se tornou entretenimento de massa, várias tentativas são feitas para descobrir a pedra filosofal. Como os alquimistas na Idade Média, a opus magna dos produtores passou a ser transformar metais inferiores em ouro, melhor dizendo, roteiros em filmes lucrativos. Devem restar poucos sábios à procura da transmutação da matéria e do elixir da longa vida. Produtores em busca da equação do sucesso comercial, porém, se multiplicam em progressão geométrica, mesmo o cinema sendo, na definição de René Bonnell em La Vingt-Cinquième Image (inédito no Brasil), uma "indústria de protótipo"?- objetos únicos com características artesanais que costumam fracassar quando fabricados em série. A fórmula de O Bem Amado, dirigido por Guel Arraes, contém diversos ingredientes que podem parecer promissores: uma marca consagrada em três versões?- telenovela, exibida em 1973, seriado com 220 episódios, de 1980 a 84, e, finalmente, peça reencenada a partir de 2007?-, todas baseadas em Odorico, o Bem-Amado, de Dias Gomes, escrita para o teatro em 1962. Ao texto de origem foram adicionados condimentos escolhidos a dedo: roteiro escrito por Guel Arraes e Claudio Paiva, autor de programas humorísticos; Marco Nanini no papel do prefeito Odorico Paraguaçu; canção inédita de Caetano Veloso; e belas praias, além de outras substâncias menos determinantes. Essa receita foi capaz de atrair recursos suficientes para produzir O Bem Amado com orçamento generoso?- o valor de captação aprovado foi de 9.827.055,25 reais?-, um dos mais altos do cinema brasileiro. Beneficiadas por incentivos fiscais, empresas estatais e particulares patrocinaram a produção sem correr risco, por não investirem recursos próprios. Apostaram, mais uma vez, acreditando que o resultado reluziria como ouro. E tranquilos, pois ninguém os acusaria de heresia ou satanismo se não acertassem, e nem seriam queimados na fogueira. Além do canto dos cifrões, a mística do cinema continua a influir, seduzindo profissionais da televisão. Para eles, os filmes preservam uma certa aura que suas produções televisivas não teriam. Querem prestígio e reconhecimento pessoal em setores que, por preconceito, não valorizam seu trabalho. Parecem ignorar que chegam atrasados a uma forma de expressão artística considerada, por muitos, decadente há décadas. Nessas condições, o máximo que conseguem fabricar, de maneira geral, são subprodutos de linguagem híbrida?- televisão filmada que pode ou não obter sucesso comercial. O Bem Amado confirma essa tendência do cinema brasileiro de se tornar uma subsidiária da tevê, produzindo filmes simplórios que se diferenciam pouco uns dos outros. Passada a Copa do Mundo e as férias escolares, saberemos se a combinação de ambições e talentos feita em O Bem Amado resultou em elixir equivalente ao procurado pelos alquimistas, capaz de atrair milhões de espectadores, justificar o alto investimento, e fazer a felicidade da produtora e de seus sócios. A demora da estreia não parece um bom presságio. Será por falta de confiança nos atrativos comerciais do filme que o lançamento vem sendo adiado desde o final de 2009? Contrariando a intenção declarada por Guel Arraes de atualizar a novela O Bem-Amado, o que a adaptação para o cinema faz é justamente o contrário. Ao situar o período exato em que a ação se passa?- do dia da renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, ao Comício das Diretas Já, em janeiro de 1984?-, a sátira política e de costumes passa a se referir ao passado, não aos nossos dias. Desaparece por completo, dessa maneira, o tênue viés crítico do original de Dias Gomes, que retrata um prefeito provinciano, corrupto e demagogo?- como tantos do período da ditadura e muitos ainda atuantes. Pelo fato de aludir à conjuntura política do início da década de 70, auge do regime repressivo, e tratar de personagens que não se pautavam pelos ditames da moral e dos bons costumes, a novela foi considerada "desaconselhável para menores de 16 anos" e liberada apenas a partir das 22 horas. Com os meios de comunicação submetidos à censura prévia, a percepção de que o texto tinha um viés crítico incomodou os censores. Para eles, a difusão da sátira de Dias Gomes, no fundo ingênua, parecia representar uma ameaça. Hoje, com a tragicomédia cotidiana da vida política brasileira estampada nos jornais e noticiada pela televisão, as ironias do roteiro perderam qualquer teor transgressivo. No caso de O Bem Amado, o uso de imagens de arquivo ao longo do filme, em vinhetas que fazem referência a fatos históricos ocorridos há mais de 25 anos, torna duvidosa a possibilidade de o espectador ser induzido a fazer conexões com a atualidade. Eliminadas as referências contemporâneas, o potencial satírico se esvai. Fracassa, assim, a intenção de fazer a cidade de Sucupira representar o Brasil dos nossos dias, explicitada no final, de forma didática, por uma trucagem. Além de situar a ação do filme em época que parecerá distante para quem tenha menos de 30 anos, O Bem Amado retrata comportamentos tirados do fundo do baú. E o elenco, formado por excelentes atrizes e atores, não consegue despertar interesse pela galeria de personagens estereotipados. Jovem repórter idealista, matador arrependido, irmãs casadoiras, jornalista venal, filha namoradeira, bêbado dizedor de verdades, funcionário exemplar, recém-casado que fez voto de castidade etc.?- são caricaturas conhecidas demais para que, diante delas, se possa esboçar um sorriso. Reincidindo em um conjunto de lugares-comuns, a comédia de costumes acaba resultando meio sem graça. Projeto eivado de contradições e arcaísmos, O Bem Amado oscila entre a sátira e a paródia, sem se definir por nenhum dos gêneros. Indefinição que parece provir da timidez em tentar ir além da mordacidade original, parodiando o texto de Dias Gomes. Esse caminho é esboçado em algumas sequências, seria rico de possibilidades, e teria sido mais coerente com o trabalho inovador feito por Guel Arraes na televisão, onde tem sido responsável por inúmeros programas de qualidade que rompem o padrão rotineiro. Sendo um dos guardiões da inteligência na Rede Globo, curiosamente, ao filmar O Bem Amado, Guel Arraes se revela um realizador convencional. O que explicaria essa transformação de ouro em chumbo? A transmutação invertida talvez decorra da dificuldade que alguns profissionais anfíbios podem ter para fazer filmes. Sem o mesmo domínio dos requisitos específicos das duas linguagens, tendem a incorporar ao cinema características próprias da televisão. É o que ocorre, por exemplo, com a fotografia de O Bem Amado. Padronizada, ilumina tudo por igual, sem contribuir para criar imagens expressivas, dignas da tela grande. Por outro lado, ao dirigir um filme de grande orçamento, Guel Arraes se dá o direito de fazer planos que as condições normais de produção para a tevê não costumam permitir. Sua insistência nos movimentos de grua, em que a câmera se desloca para o alto e passa por cima do que está sendo filmado, lembra o deslumbramento de um menino brincando com seu trem elétrico. Eduardo Escorel Artigo extraído da revista Piauí (07/10)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Promoções!

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A Moviola, em parceria com a Pipa Produções realiza uma promoção distribuindo ingressos para o filme "O Pequeno Nicolau", em cartaz nos cinemas da cidade. O filme é uma adaptação das histórias escritas por René Goscinny, e ilustradas por Jean-Jacques Sempé. No filme, o pequeno Nicolau é feliz, entre o carinho de seus pais e a vida divertida na escola, até que supõe surgir um sério empecilho: sua mãe estaria grávida e seus pais teriam a intenção de livrar-se dele. Somente na França, o longa já foi visto por mais de seis milhões de espectadores. Compre o livro "A Volta as Aulas do pequeno Nicolau" e ganhe um par de ingressos para o filme. Promoção por tempo limitado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Homenagem a Paulo Moura

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Pixinguinha me confidenciou, numa tarde de muito uísque no bar Gouveia, que “estava botando olho nesse menino Paulo Moura, em quem ando apostando que pode chegar lá”. O “lá” de Pixinguinha significava a glória de poder tocar a música popular do choro cercado sempre pelos melhores instrumentistas do país e ser considerado um músico semiclássico, graças à maestria da execução. Paulo Moura honrou, nesses últimos anos, a previsão do Mestre. E até mais porque, começando por onde os outros terminaram (como primeiro solista da orquestra do Teatro Municipal), Paulo pôde logo mostrar toda sua técnica e virtuosismo pelos quatro cantos do mundo. Hoje é não apenas um dos melhores músicos do país, mas também do mundo inteiro. Glória para o Brasil? Sim, por extensão. Mas glória mesmo para os esforços do rapaz, pobre e negro, que conseguiu persistir e resistir aos apelos do fácil apenas por uns trocados a mais. Lembro-me de que em 1988 assisti a uma récita da Orquestra Sinfônica de Brasília executando um dos seus trabalhos (nos 100 anos da libertação dos escravos), que ele próprio regeu. Ao meu lado, ouvi algumas embaixatrizes européias comentarem, desmanchando-se em elogios, sobre o porte do maestro, aquele homenzarrão de fraque e cabelos esvoaçantes, de cuja batuta fluía a alegria da música: “Mas até que parece o Von Karajan do Brasil”. Acertaram na mosca. Ali estava um grande maestro, sim, na raça, na veemência e, mais que tudo, na alegria que brota do fundo d`alma quando as percussões tocam o rito endiabrado e as cordas tangem a essência do choro mulato do Rio de Janeiro. Ricardo Cravo Albin Dica: Em seu site (www.paulomoura.com), encontra-se disponível a maioria de seus discos desde o primeiro Paulo Moura e sua Orquestra para Bailes, passando por Paulo Moura interpreta Radamés Gnattalli (1959), até os mais recentes Pixinguinha - Paulo Moura & Os Batutas, Paulo Moura visita Gershwin & Jobim, El negro del blanco (com Yamandú Costa) e Gafieira Jazz (com Cliff Korman). Boa pedida. Salve, Paulo!

War Requiem é lançado em DVD

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O cineasta "enfant terrible" do cinema britânico, Derek Jarman, convidou sua musa Tilda Swinton para uma espetacular atuação na interpretação da obra-prima orquestral do compositor inglês, Benjamin Britten, de 1961. Jarman organizou o filme em seis atos, livre de diálogos, para ilustrar visualmente o trágico assassinato do tenente Wilfred Owen no final da Primeira Grande Guerra.

domingo, 11 de julho de 2010

Foi-se a Copa!

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"Foi-se a Copa? Não faz mal. Adeus chutes e sistemas. A gente pode, afinal, cuidar de nossos problemas." Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Laboratório Estação na Moviola

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Amigos, a partir de julho, os cursos de cinema do Laboratório Estação serão realizados na Moviola. Maiores informações pelo tel: 2285-8339. Inscrições pelo site no endereço www.grupoestacao.com.br/laboratorio/inscricao.html

Espinosa, Kieslowski e a afetividade humana

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 Baruch Espinosa (1632-1677) e Krzistof Kieslowski são considerados os artistas do afeto. As linhas mestras da teoria da afetividade humana de Espinosa foram desenvolvidas em sua obra mais importante, a "Ética Demonstrada à Maneira dos Geômetras", onde discorre sobre a natureza dos afetos e paixões. Kieslowski, por sua vez, desenvolve toda uma cinematografia onde os pequenos gestos sobrepõem-se aos grandes atos. Na tradição moderna, e na visão de Kieslowski, o sublime irá se encontrar não só em grandes eventos, fatos históricos, mas no banal, no cotidiano.
É nesse cotidiano (banal e sublime) que percebemos que somos passivos na medida em que algo de que somos apenas a causa parcial, isto é, que não se explica apenas pelas leis de nossa natureza, se produz em nós. Somos passivos, portanto, "na medida em que somos uma parte da Natureza que não pode conceber-se por si mesma sem as outras", o que ocorre por sermos modos finitos existentes na duração. Ora, "é impossível que o homem não seja parte da Natureza e que não possa sofrer outras mudanças senão aquelas que podem ser compreendidas apenas pela sua natureza e das quais é causa adequada". Com efeito, embora o fato de sermos partes da Natureza não implique que sejamos apenas passivos, pois há efeitos que se explicam exclusivamente por nossa essência, é impossível que sejamos apenas ativos, pois, neste caso, seríamos dotados de uma potência capaz de superar todos os obstáculos exteriores e, consequentemente, seríamos imortais. No entanto, a Natureza é infinita, de forma que não há nenhuma coisa singular tal que não exista outra mais potente, pela qual ela possa ser destruída. Assim, estamos continuamente expostos à ação perturbadora das causas exteriores, e todo projeto moral que pretenda alcançar a imperturbabilidade mediante a supressão radical das paixões oriundas desses encontros é fruto da ignorância acerca de nosso ser no mundo."

A semelhança entre as teorias de Espinosa e a obra de Kieslowski podem ser vistas no filme "A Dupla Vida de Veronique", onde duas pessoas (fisicamente iguais e com o mesmo nome)em países diferentes e sem jamais terem se conhecido (exceto por uma breve e fortuita troca de olhares), tem suas vidas afetadas pela presença uma da outra.

A cena das marionetes é uma das mais bonitas do filme!


sexta-feira, 2 de julho de 2010

MARADONA POR KUSTURICA

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É amigos, não foi dessa vez... agora só nos resta torcer. Fica a dica do documentário Maradona Por Kusturica, aonde os dois craques (um do futebol e outro do cinema) dialogam. Já disponivel na Moviola.
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